mulher fazendo tirolesa

Tirolesa – informações úteis e onde praticar

Hoje vamos falar sobre a tirolesa, você já teve oportunidade de praticar? Ela leva esse nome pois foi criada na cidade de Tirol, na Áustria. Inicialmente a atividade servia apenas como transporte de animais, pessoas e mantimentos sob rios e montanhas da região, mas com o tempo se tornou um esporte de aventura praticado no mundo todo!

A tirolesa nada mais é do que a travessia horizontal feita através de um cabo aéreo ancorado horizontalmente entre dois pontos, com o objetivo de ir de um lugar para o outro de forma rápida e com adrenalina! O aventureiro se desloca através de roldanas conectadas por mosquetões a uma cadeirinha de alpinismo.

Além da adrenalina e da sensação de “estar voando” você ainda pode admirar belas paisagens lá do alto. Em algumas modalidades de tirolesa, o final do percurso costuma terminar com um banho refrescante, caindo dentro d’água.

SEGURANÇA

Mesmo sendo considerada uma atividade radical, é uma das mais seguras com margem de falhas próximas a zero. A atividade também deve ser sempre monitorada por instrutores preparados.

Os instrumentos de segurança utilizados são:

  • Cabo de aço
  • Mosquetão
  • Fita expressa
  • Cadeirinha
  • Capacete
  • Luvas

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA), para praticar a tirolesa é preciso ter os seguintes cuidados:

  • Certificar-se de que os equipamentos estão em bom estado de conservação (questione equipamentos sujos, mal cheirosos ou visivelmente desgastados);
  • O uso do capacete é obrigatório;
  • Cheque o seu equipamento e o de seus companheiros (mesmo sendo mais experientes). Verifique se as fivelas das cadeirinhas e a trava dos mosquetões estão devidamente fechadas;
  • Não tenha pressa para se equipar;
  • Não fique com nenhuma dúvida, pergunte o que quiser para os condutores da atividade;
  • Use sempre auto-seguro duplo (equipamento) e nunca fique solto próximo a locais com risco de queda;
  • Exija uma segurança extra durante a descida, apenas uma pessoa tensionando a corda embaixo do desnível pode não ser suficiente;
  • Evite malabarismos desnecessários como ficar de cabeça para baixo, pendular ou saltar, pois podem comprometer a sua segurança.

QUEM PODE PRATICAR?

Por ser uma atividade passiva e que não exige condicionamento físico, quase todos podem praticar. Ela é indicada para pessoas que gostem de atividades ao ar livre, com adrenalina e contato com a natureza, e que não tenham problemas de coração e não se sintam desconfortáveis com altura. Cada estilo de tirolesa possui uma restrição de idade mínima para participação.

ONDE PRATICAR? 

A tirolesa pode ser realizada em rios, vales, cachoeiras, pedras e montanhas. Conheça algumas opções para a prática da atividade em Santa Catarina:

  • Florianópolis

Em Florianópolis é possível praticar a tirolesa no Engenho Eco Park, localizado no Rio Vermelho. Ali, ela possui 650 m de extensão e 220 m de altura, sendo considerada a mais radical do Brasil pois pode atingir uma velocidade de até 120 km/h. Os praticantes fazem uso de um mini paraquedas nas costas com a intenção de diminuir a velocidade durante o trajeto.

É de tirar o fôlego, mas recompensa com uma vista linda das Praias da Joaquina, Mole, Ingleses, Santinho, Moçambique e Barra da Lagoa.

A indicação para prática da atividade é vestir roupas confortáveis, levar repelente de mosquitos e garrafa de água para a trilha que dá acesso. É necessário agendar previamente para ir ao local. Para participar, é necessário ter no mínimo 20 kg e no máximo 120 kg. Gestantes e pessoas com histórico de problemas cardíacos ou relacionados à altura e velocidade não devem participar da atividade.

  • Vale Europeu

A Tirolesa K200 (nome em homenagem a K2, a segunda maior montanha do mundo), está localizada no Big Mountain Adventure Park, e cruza a divisa de dois municípios. A torre de Lançamento da tirolesa e a maior parte do seu trajeto, localiza-se na cidade de Rodeio e termina na cidade de Benedito Novo, em um trajeto de 2 km de extensão, 800 m de altitude e que pode atingir até 100 km/h. A adrenalina possui duração de um minuto e meio até três, dependendo das condições de vento. É considerada a maior tirolesa das Américas (até onde ficamos sabendo).

  • Lages

O Parque de aventuras Pedras Brancas, antigo Adventure Park, está localizado em meio as mais belas formações rochosas da região. Uma das suas atividades radicais é uma tirolesa, com 1200 metros em mais de 1 minuto de adrenalina, com a sensação de estar voando em meio a natureza. Seu ponto mais alto está a 150 m de altura.

Gostaram de saber um pouco mais sobre a tirolesa e conhecer lugares para praticar? Se quiser saber de outras aventuras, acesse nosso site e continue acompanhando o nosso blog 😉

voo livre

Voo livre – informações, dicas e onde praticar

Você já teve a oportunidade de praticar voo livre? A sensação de liberdade é indescritível. O voo livre é considerado um esporte radical, que faz uso de equipamentos como o parapente ou a asa-delta para voos não motorizados. Através de vento e correntes de ar ascendentes, o praticante consegue ganhar altitude e realizar manobras em voos de curta ou longa duração.

A título de curiosidade, no Brasil o voo livre teve seu início no ano de 1974, quando o piloto francês Stephan Segonzac fez um voo de asa-delta partindo do alto do Corcovado, no Rio de Janeiro. Em termos de distância, o recorde mundial de voo livre pertence ao Austríaco Manfred Ruhmer, que percorreu 700 km em uma asa-delta.

“Imagine uma montanha vista de cima sob um angulo que você nunca viu. Olhe para o lado e pássaros o seguem. O vento é viscoso e atravessa seu rosto, nariz, olhos e orelhas. Seus pés não tocam o chão, a natureza é vasta, o solo é recortado por quadrados, tudo está flutuando; sua mente, a natureza e Deus parecem uma coisa só. Sim, você está em voo livre!” (texto do piloto de parapente Felipe Reis).

PARAPENTE x ASA-DELTA

Curiosidade: o termo parapente é usado por franceses, enquanto os ingleses chamam de paraglider. Ambos fazem referência ao mesmo instrumento.

A asa delta é uma espécie de aeronave feita com tubos de alumínio, em formato triangular, revestidos com um tecido especial. O piloto conduz o voo deitado de barriga para baixo, utilizando os seus braços para deslocar um trapézio e efetuar manobras.

Já o parapente é feito de estrutura flexível de tecido formado por células, muito semelhante a um paraquedas, que se enche com a pressão do ar, dando forma a asa. O piloto conduz o equipamento sentado em uma cadeira que leva o nome de “selete”, fazendo manobras puxando controles, chamados de “batoques”, juntos ou para um lado e para o outro.

A aterrissagem com o parapente é mais simples se comparada a asa delta, tendo em vista que sua velocidade é menor. Desta forma, é possível realizar pousos em áreas menores e com mais precisão.

Os voos de parapente e asa delta são bem semelhantes, exceto pela sua estrutura e velocidade de deslocamento. A estrutura maior e sua aerodinâmica permite que a asa-delta alcance até 100 km/h, enquanto o parapente não costuma passar dos 70 km/h.

voo livre parapente

TIPOS DE VÔOS

Lift – é o voo mais comum, o de encosta. Com ele você salta a partir de montanhas aproveitando as “micro-termais”.

Acrobático – é o mais radical deles. Faz uso de equipamentos especiais e chega a velocidades incríveis, onde é possível exercer diversos tipos de movimentos e manobras acrobáticas.

Cross-country – é o voo que literalmente se deixa levar. O objetivo é chegar o mais longe possível da área de decolagem.

QUEM PODE PRATICAR

  • Pessoas com pelo menos 18 anos;
  • Que não tenham medo de altura;
  • Que estejam em bom estado de saúde;
  • Que não sofram de nenhuma doença cardíaca.

segurança voo livre

SEGURANÇA

A prática do voo-livre só deve ser feita por iniciantes quando acompanhados por instrutor com larga experiência. No salto duplo, ou Tandem, você vai acompanhado de um instrutor treinado e qualificado para isso. Antes de saltar, existem um treinamento rápido para conhecer as melhores posições que o salto exige.

Para saltar com uma pessoa que está começando, o instrutor faz uso de equipamento especial, adequado para suportar um peso maior. Para a prática, são utilizados alguns equipamentos para deixar a atividade o mais segura possível. Entre eles estão o capacete, um rádio, aparelho de GPS (mapa, direções e velocidade do vento) e um variômetro, aparelho que mostra quantos metros por segundo o piloto sobe ou desce e ainda faz medições da temperatura e pressão atmosférica.

Respeitadas as condições climáticas favoráveis para a prática, o esporte é bastante seguro, tendo uma baixíssima taxa de acidentes (70% deles ocorrem na decolagem ou pouco).

Não se preocupe, o instrutor acompanhante é responsável por tudo que envolve o salto, você só tem que aproveitar!

roupas voo livre

ALGUMAS DICAS

  • Tente conversar com pessoas que já praticaram para saber das suas opiniões;
  • Escolha um local próximo e certificado para a prática;
  • Use roupas confortáveis (roupa mais solta para não limitar os movimentos e tênis);
  • Esteja bem alimentado (enjoos podem ocorrer com pessoas em jejum ou desidratadas);
  • Preste atenção nas instruções! Pode parecer uma dica óbvia, mas a adrenalina do momento é tanta que você pode esquecer disso. A abertura adequada dos braços e pernas garantem mais estabilidade durante o percurso;
  • Aproveite, pois passa muito rápido!

ONDE PRATICAR

Agora vamos mostrar alguns lugares onde você pode praticar voo livre na Grande Florianópolis:

  • Santo Amaro da Imperatriz

A Apuama oferece o voo livre de parapente no Morro do Queimado, em Santo Amaro da Imperatriz, há 25 km de Florianópolis. O voo parte de uma altitude de 620 metros. Durante o passeio é possível ter uma visão do litoral e Serra Geral de Santa Catarina.

A decolagem e feita em rampa gramada com possibilidade de múltiplas decolagens. O local possui um amplo estacionamento, além de uma área para descanso e piquenique.

  • Florianópolis

Morro da Lagoa 

Na rampa da lagoa podem ser feitos vôos de parapente e asa delta. Sua altitude é de 225 m, em uma rampa com possibilidade de uma decolagem por vez. O pouso fica logo abaixo da rampa, em área gramada, ao lado de um posto de gasolina.

O visual da Lagoa da Conceição é incrível, e com condições climáticas favoráveis é possível voar sobre a Lagoa e as dunas.

Rio Vermelho

Na rampa do Rio Vermelho também podem ser feitos vôos tanto de parapente quanto de asa delta. É uma rampa pequena, situada a 123 m e altitude. Permite uma decolagem por vez e o pouso geralmente é feito logo abaixo da rampa em um pasto ao lado da estrada de acesso.

A sua localização permite vôos para todas as direções da ilha, sendo considerada uma das melhores combinações de lift e térmicas de Florianópolis.

Praia Mole

Existem opções de vôos tanto no canto esquerdo quanto direito da praia. O canto direito tem acesso através da Trilha do Gravatá, que fica à direita na subida do morro da Praia Mole. Tem altura de decolagem de 67 m, podendo atingir até 300 m. A rampa permite vôos de lifts com vento na direção nordeste e o pouso acontece nas areias da Praia Mole.

A rampa do canto esquerdo possui cerca de 85 m de altura, com vento na direção sudeste, sendo acessada por trilha localizada na subida do morro. São cerca de 900 m de trilha até chegar à rampa e se deparar com um visual incrível. O pouso é feito na própria praia. A Apuama também faz o serviço de voo livre de parapente na Praia Mole.

Praia Brava

Existem opções de voos tanto no canto direito quanto no esquerdo da praia. A Apuama também realiza voo de parapente na Praia Brava.

A rampa do canto esquerdo possui voos com vento na direção sul, pela própria praia. A subida é tranquila e a decolagem fica a aproximadamente 80 m, com o voo alcançando mais ou menos 250 m de altura e com pouso na própria praia.

Já a rampa do canto direito possui voos com ventos nas direções norte, nordeste e leste. Para chegar até a rampa é necessário percorrer uma trilha que fica à direita, na subida do morro. A subida é longa e cansativa, mas o visual compensa. São duas opções de decolagem: com vento fraco decola-se da rampa de cima (cerca de 180 m). Já com vento mais forte decola-se da rampa de baixo (cerca de 150 m). O pouso também acontece na própria praia.

Mas qual é a sensação de praticar voo livre? Não dá para explicar, só saltando para saber… depois você conta o que achou.  😉